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Relator da LDO indica que governo poderá usar piso da meta fiscal para contingenciamento em 2026

O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), indicou nesta terça-feira (2) que o texto final deve...

Relator da LDO indica que governo poderá usar piso da meta fiscal para contingenciamento em 2026
Relator da LDO indica que governo poderá usar piso da meta fiscal para contingenciamento em 2026 (Foto: Reprodução)

O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), indicou nesta terça-feira (2) que o texto final deverá incluir a possibilidade de o governo congelar um volume menor de despesas para cumprir a meta fiscal de 2026. Na prática, o Executivo poderá adotar o piso da meta fiscal como referência para o contingenciamento do orçamento, estimado em cerca de R$ 34 bilhões. Questionado por jornalistas, o deputado afirmou que está "tentando ir à linha do PLN 1”, em referência ao piso da meta. A votação da LDO de 2026 está prevista para amanhã. O Ministério da Fazenda vinha negociando com lideranças do Congresso Nacional a inclusão, na LDO de 2026, a permissão para que o governo utilize o piso da banda da meta — cujo centro é o déficit zero — como parâmetro. Veja os vídeos que estão em alta no g1 🔎 A meta fiscal é estruturada em três faixas: superior, central e inferior. A meta central de 2026 enviada pelo governo prevê déficit zero, como nos últimos anos. 🔎 As duas outras bandas, conhecidas como intervalos de tolerância, permitem que o governo seja considerado cumpridor da meta fiscal mesmo que o resultado fique acima ou abaixo do déficit zero. Disputa com o TCU A votação da LDO de 2026, marcada para a tarde desta quarta-feira (3), deve ocorrer no mesmo horário em que o Tribunal de Contas da União (TCU) retoma a discussão se o governo deve perseguir o centro da meta no próximo ano. Em setembro, a Corte de Contas informou ao Executivo que perseguir o limite inferior da banda de tolerância para fins de contingenciamento é irregular e que o parâmetro correto a ser perseguido é o centro da meta — isto é, déficit zero. A equipe econômica avaliou que a mudança poderia levar a um bloqueio de até R$ 30 bilhões nas contas, levando a um colapso da máquina pública neste ano. Após recurso do governo, o TCU autorizou essa prática para 2025, mas a situação para 2026 segue indefinida. Fernando Haddad durante coletiva sobre megaoperação contra o PCC Jorge Silva/Reuters Ao g1, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, voltou a defender que o Executivo persiga o centro da meta para fins de contingenciamento. "Entendo que 2025 vai ser um ano emblemático para isso, porque nós vamos ter um empoçamento e esse empoçamento vai dizer se atingimos ou não o centro da meta o centro da meta ou não", disse Vital do Rêgo. O chamado empoçamento ocorre quando valores autorizados no Orçamento não chegam a ser efetivamente gastos. "Eu não sei qual é o empoçamento desse ano, porque depende muito do que for contingenciado, do que for pago, do que vai ficar. Quer dizer, o que eu digo ao governo é que vocês têm que mirar o centro da meta, agora executa para chegar no centro", afirmou Vital do Rego. "O compromisso é com o centro", complementou. "Agora vamos tentar que 2026 haja um trabalho conjunto para atingir o centro da meta, se não o arcabouço fiscal fica desmoralizado" disse o presidente.