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Rússia sai em defesa da China e diz que responderá 'duramente' caso Japão posicione mísseis em ilha próxima a Taiwan

Japão-China: entenda pior crise diplomática em anos entre as potências A Rússia saiu em defesa da China, sua aliada, ao alertar nesta quinta-feira (27) que ...

Rússia sai em defesa da China e diz que responderá 'duramente' caso Japão posicione mísseis em ilha próxima a Taiwan
Rússia sai em defesa da China e diz que responderá 'duramente' caso Japão posicione mísseis em ilha próxima a Taiwan (Foto: Reprodução)

Japão-China: entenda pior crise diplomática em anos entre as potências A Rússia saiu em defesa da China, sua aliada, ao alertar nesta quinta-feira (27) que se reserva o direito de responder "duramente" caso o Japão prossiga com seu plano de instalar mísseis em uma ilha próxima a Taiwan. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O aviso do Ministério das Relações Exteriores russo ocorreu em meio à pior crise diplomática em anos entre a China e o Japão, iniciada após uma fala da nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan que deu a entender que a ilha estaria nos planos de segurança nacional de seu governo. A premiê Takaichi afirmou, no início deste mês, que um ataque chinês hipotético contra Taiwan representaria uma "situação que ameaça a sobrevivência" e, por isso, poderia desencadear uma resposta militar de Tóquio. A China considerou a fala "ultrajante" e pediu que o governo japonês se retrate. No domingo (23), o ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, anunciou que mobilizará uma unidade de mísseis superfície-ar de médio alcance em uma base militar em Yonaguni, uma ilha japonesa a cerca de 110 km da costa leste de Taiwan. O anúncio aprofundou ainda mais a crise com a China, que acusou Tóquio de tentativas deliberadas de “criar tensão regional e provocar um confronto militar”. A China reivindica Taiwan —ilha separatista com governo democrático próprio— como parte de seu território e não descarta o uso da força para tomar o controle do território. Taiwan rejeita as reivindicações de Pequim e afirma que apenas seu povo pode decidir o futuro da ilha. Da esquerda para a direita: presidente da China, Xi Jinping, primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, e presidente da Rússia, Vladimir Putin. Reuters e AFP Desde o início da crise diplomática entre os dois gigantes asiáticos, Pequim tem feito repúdios públicos diários ao Japão, exige que Takaichi retire suas declarações sobre Taiwan e pediu para que cidadãos chineses evitem viajar ao país vizinho. O porta-voz Jiang Bin, do Ministério das Relações Exteriores chinês, afirmou nesta quinta que o Japão pagará um "preço doloroso" caso dê qualquer passo em falso na atual escalada de tensões. Também nesta quinta-feira, o ministério russo acusou Tóquio de agir sob ordens dos Estados Unidos —que têm uma posição neutra sobre Taiwan— para "lotar essas ilhas de armas" como parte de um esforço mais amplo de militarização. Em meio à escalada de tensões, o governo taiwanês anunciou na quarta-feira que prepara um aumento do seu Exército e de gastos com Defesa. Até o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi envolvido nesta crise. Em ligação telefônica nesta semana, ele pediu a Takaichi que não agrave a crise com o governo chinês, segundo a agência de notícias Reuters. (Leia mais abaixo) Trump pede cautela a Takaichi O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma cerimônia de assinatura durante uma reunião bilateral com a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, no Palácio de Akasaka, em Tóquio, Japão, em 28 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein Com o pedido de Trump a Takaichi, o americano tenta preservar um frágil acordo comercial concluído com a China neste mês e prevenir uma escalada militar na Ásia. Na ligação telefônica com a premiê japonesa na terça-feira, Trump disse que não queria ver uma nova escalada, afirmaram duas fontes do governo japonês que falaram em condição de anonimato. No entanto, o presidente americano não fez exigências específicas à primeira-ministra e seu pedido por moderação ocorreu de forma mais sutil. O governo do Japão negou nesta quinta-feira que Trump tenha feito esse pedido a Takaichi e afirmou que os comentários da premiê refletem uma política de longo prazo. A conversa com Takaichi ocorreu após um diálogo entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, que disse ao americano que o "retorno de Taiwan à China" é parte fundamental da ordem internacional. Essa conversa foi notória porque foi a primeira ligação na história entre chefes de Estado dos EUA e da China ocorrida a pedido de Pequim. Veja os vídeos que estão em alta no g1